Parece mentira, mas não faz tanto tempo assim. Em um mundo onde o desejo sexual das mulheres era tratado como doença, o vibrador foi apresentado para ajudar no tratamento de sintomas atribuídos a uma neurose conhecida na época como “histeria”.
As mulheres que apresentavam irritabilidade, insônia, ansiedade, dores de cabeça, choro, falta de apetite, eram diagnosticadas com essa doença psíquica tida como exclusivamente feminina. Assim, os médicos preocupados com a saúde das suas pacientes, recomendavam uma massagem no clitóris, feita diretamente em seus consultórios. Com as mãos, eles estimulavam a paciente até que ela atingisse o que conhecemos hoje como orgasmo. Depois de uma sessão de gemidos e gritos, a mulher ficava mais calma e os sintomas desapareciam, pelo menos por um tempo.
Mas a massagem clitoriana era uma tarefa maçante e demorada, os médicos começaram a ter problemas devido ao esforço repetitivo e novas alternativas passaram a ser testadas. A primeira delas foi um jato de água diretamente no clitóris.
Como o método não rendeu bons resultados, um acessório diferente foi inventado, para agilizar as sessões nos consultórios. O médico americano George Taylor patenteou, em 1869, o primeiro vibrador, a vapor, e o batizou de “The manipulator”.
Embora fosse um aparelho grande e de aparência assustadora, o aparato levava as mulheres ao orgasmo mais rapidamente, permitindo aos médicos descansarem as mãos e atenderem mais pacientes.
O vapor não durou muito e em 1880, o médico inglês Joseph Mortimer Granville inventou o vibrador movido à manivela. Aperfeiçoada, a ideia se materializou em 1902, no primeiro vibrador elétrico, lançado pela empresa americana Hamilton Beach. Nessa época, os vibradores deixaram de ser usados apenas nos consultórios
médicos e as mulheres passaram a tratar a “histeria” em casa.
Ainda assim, o conceito de que aqueles sintomas caracterizassem uma doença, só foi abolido pela Associação Americana de Psiquiatria em 1952. Demorou até que o orgasmo feminino fosse aceito e a mulher vista como um ser capaz de expressar seus desejos e satisfações sexuais, e não somente um ser puramente para procriação.
Com esse reconhecimento, o acessório passou a ocupar um espaço especial na gaveta de mulheres completamente saudáveis e a partir dos anos 80, os brinquedinhos sexuais ganharam mais respeito e visibilidade.
Hoje em dia a gente encontra vibradores de todos os tipos, formas, cores, tamanhos.
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Prevenir é o melhor caminho.
A vida é bem mais doce quando a gente se cuida.
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